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Tipos de Baterias e Descrição Geral

Os acumuladores (também chamados de “baterias”) são os elementos responsáveis por armazenar energia elétrica para uso posterior. Consistem em células galvânicas que compostas por dois elétrodos de metais (formando ânodo e cátodo) e um eletrólito.

Existem muitos tipos diferentes de acumuladores mas os mais usados (e até agora a melhor escolha em relação a desempenho/preço) são os de chumbo-ácido. Existem muitos designs diferentes deste tipo de bateria (bateria de arranque, bateria de tração, estacionária, AGM etc.) e ainda que usem os mesmos metais e eletrólitos, existem enormes diferenças entre um design e outro no que diz respeito à vida útil, profundidade de descarga, intensidades, capacidades, etc.

Também é necessário destacar de que modo e de que forma se descrevem as capacidades de uma bateria, Ah em C5, C10,C20,C100.

A) Capacidade C5 = usado para baterias de tração, detalha a capacidade total em 5 de descarga “Ou seja” uma bateria de (500Ah C5,) permite 100Ah de descarga por hora, com uma autonomia de 5 horas

B) Capacidade C10 = usado para baterias estacionárias, detalha a capacidade total em 10 de descarga “Ou seja” uma bateria de (500Ah C10,) permite 50 Ah de descarga por hora, com uma autonomia de 10 horas. “Atenção” (pode indicar a outra capacidade maior com descarga em c100) para lhe dar valor comercial. No entanto, será exatamente o mesmo.

C) Capacidade C20 = descarga em 20 horas usado para baterias de arranque, detalha a capacidade total em 20 de descarga “Ou seja” uma bateria de (100Ah C20,) permite 5 Ah de descarga por hora, com uma autonomia de 20 horas

D) Capacidade C100 = descarga em 100 horas usado em baterias estacionárias, do mesmo modo que a C10, tendo em conta que se o valor é indicado em C100 pode pôr mais capacidade, pois indica os Ah de descarga em 100 horas.

A conclusão é dividir a Capacidade da bateria em Ah, pelo número de horas indicado, C5, C10, C20… Este será o resultado dos Ah que podes descarregar no número de horas indicado.

Tipos de acumuladores/baterias:

Os acumuladores classificam-se de duas maneiras:

1.) Utilização (tração, estacionária, arranque)

2.) Desenho ou design (materiais, tipo de placa, espessura da placa, eletrólito, fechado/aberto etc.)

As utilizações mais importante são:

1.) Arranque (principalmente para alimentar o motor de arranque e a parte eletrónica dos veículos) Este tipo de bateria desenvolve uma alta potência de pico, durante um curto intervalo de tempo, entre 5 e 50 segundos. Assim que o motor se coloca em funcionamento, o alternador fica responsável de manter a bateria em carregamento.

2.) Tração (Principalmente utilizada em empilhadoras elevatórias, plataformas elevatórias, porta-paletes, empilhadores etc.) Este tipo de bateria costumam ser de “Placa positiva tubular” o que permite uma descarga profunda e uma autonomia que permite que a máquina seja utilizada durante horas sem ter que se recarregar.

3.) Estacionários – aplicações isoladas da rede e imóveis (ou para emergência no caso em que haja falha de rede)

A utilização que se costuma dar a uma bateria em instalações fotovoltaicas é para habitações isoladas ou sem-isoladas. (similar a SAI/”UPS”). Para uma utilização em habitações isoladas é melhor colocar elementos estacionários (devido à maior eficiência, menor manutenção e vida útil mais longa), ao passo que para semi-isoladas é conveniente colocar elementos de tração (tanto por questões económicas como pela sua capacidade de descarregar-se em muito pouco tempo. Assim podem ser colocados para autonomias de um único dia).

Em relação ao design, dentro das baterias de chumbo-ácido, podemos distinguir principalmente entre:

  • Placa positiva tubular: São o tipo de placa utilizada em baterias estacionárias e de tração. Oferecem as vantagens de uma grande profundidade de descarga (normalmente 80% da capacidade nominal pode considerar-se capacidade útil), descarga/recarga relativamente rápida (superfície grande de placa), muitos ciclos de carga/vida útil longa.
  • Placa positiva plana espessa/grossa (por exemplo, baterias de Trojan). Vantagens: Vida útil muito longa, respetivamente muitos ciclos de carga (dependo da espessura da placa), custo de fabricação relativamente baixo; Desvantagem: pequena área de superfície, pelo que diminui muito a capacidade útil para consumos potentes (regime de descarga de C10 ou menos).
  • Placa positiva plana fina tipo esponja: Empregam-se em baterias de arranque e dão uma superfície muito grande o que permite uma descarga/recarga muito rápida (intensidades muito altas). Desvantagens: Admitem poucas descargas profundas, uma vez que as placas consomem-se muito rapidamente; podem dar milhares de ciclos para arranques dos motores (2% – 5% de descarga) mas não costumam chegar a 100 ciclos profundos (com mais de 50% da descarga).
  • Placa positiva de grade: Oferece uma grande superfície (a capacidade útil diminui pouco com consumos fortes) e uma profundidade de descarga aceitável, mas dá poucos ciclos de vida.

Em geral pode-se dizer que uma bateria vai durar mais ciclos quanto:

mais espessura tiverem as suas placas positivas (material ativo)

– menor profundidade de descarga tiverem os ciclos(como se pode observar no gráfico abaixo) gráfica-descarga-ciclos-600x450Muito importante para a duração das baterias é também:

  • Temperatura (quanto mais alta a temperatura, mais capacidade útil a bateria dá, mas mais rápido a corrosão das placas positivas irá progredir – portanto, durará menos ciclos). A temperatura ideal para as baterias situa-se à volta dos 20ºC.
  • Manutenção adequada (manter o nível de eletrólito dentro do admissível, prevenir e tratar sulfatações).

Parâmetros de carga e descarga adequados (tensões e intensidades segundo as recomendações do fabricante; em geral pode-se dizer que tensões demasiado altas provocam uma corrosão acelerada da placa positiva e tensões demasiado baixas facilitam a sulfatação da mesma; a tensão de carga deverá ser ajustada à temperatura da bateria para maximizar a sua vida útil).

Existem diferenças no design no que diz respeito a tamanhos, número de células (voltagem), densidade nominal e consistência do eletrólito (líquido, gelificado ou AGM), material do recipiente, ligações das placas, etc. Por exemplo, usa-se antimónio para aumentar a resistência mecânica das placas. Quanto maior a percentagem de antimónio, mais resistência mecânica tem a placa e mais resistirá a intensidades altas de descarga e vibrações mecânicas. Por outro lado, o antimónio aumenta a gaseificação (isto leva a maiores perdas de água e menor desempenho de carga) e a autodescarga.

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